Aquecimento global: A Terra em mudança

No decorrer da história da Terra, houve diversos eventos que permitiram a sua transformação. Entre eles estão o movimento das massas continentais, soerguimento de montanhas, glaciações e mudanças no volume dos oceanos, que levaram um longo período para acontecer, alterando tanto as propriedades biológicas quanto geológicas do planeta.

       Mas você acredita que a frequência com que as mudanças no planeta estão ocorrendo são normais?

       O uso indiscriminado dos recursos naturais para satisfazer as necessidades do homem resulta na poluição ambiental, que vem se intensificando cada vez mais com o aumento demográfico e da industrialização, gerando detritos que são depositados no ambiente, poluindo o ar, rios, lagos, oceanos e o solo.

       Atividades antrópicas como a queima de combustíveis fósseis, criação do gado, a devastação e incêndios de florestas, e até mesmo a má gestão de resíduos sólidos que se acumulam em aterros ou lixões, liberam gases na atmosfera, como o dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e entre outros.

       O acúmulo desses gases resulta no agravamento do efeito estufa, elevando a temperatura, causando assim mudanças no clima e distúrbios sobre a biodiversidade, alterando a dinâmica da Terra.
Grande parte do dióxido de carbono é emitido pela queima de combustíveis fósseis. Foto: domínio público/pixabay. 
Aquecimento global...
As alterações na temperatura tem resultado no aquecimento da superfície terrestre e dos oceanos, ocasionando o derretimento das calotas polares, aumento no nível do mar e variações nos gradientes ambientais.

       Ricklefs e Relyea em seu livro "A Economia da Natureza" (2016), apontam que no Hemisfério Norte as faixas inferiores do solo podem estar constantemente congeladas, fenômeno chamado permafrost, mas com o calor elevado é possível que ele esteja sendo descongelado, ocasionando a produção de metano devido à composição orgânica e as condições anóxicas do solo desta região.

       Assim como o permafrost, as geleiras estão diminuindo, e não só as camadas de gelo da Groenlândia e da Antártida, mas também as extensões do Ártico têm reduzido. Esse fato somado a expansão térmica dos oceanos gera uma elevação aproximada de 75% no nível do mar em termos globais, conforme foi apresentado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (2014). Além disso,  pesquisadores alertam o risco de inundações em atóis e ilhas tropicais, tornando-as inabitáveis pelo ser humano.
Inundações no Atol Roi-Namur, Ilhas Marshall. Créditos: Oberle, F.; Swarzenski, P.; Storlazzi, C., 2017/CC BY 4.0.
O aquecimento e a incorporação de dióxido de carbono no oceano também tem causado mudanças nos gradientes dos ambientes marinhos. Concentrações exacerbadas de dióxido de carbono se dissolvendo em águas oceânicas, acabam por torná-las mais ácidas, conforme o pH é reduzido (IPCC, 2014), essas oscilações são evidenciadas pelo branqueamento dos corais, os quais são facilmente condicionados ao estresse.

       Os fatos aqui destacados são alguns dos resultados das atitudes que o ser humano vem tomando em relação à natureza, atitudes que devem ser repensadas. Desta forma, faz se necessário o planejamento e aplicações  de ações que visem o desenvolvimento da sociedade, sem que a vida na Terra seja prejudicada.

     Enfraquecimento das camadas de gelo do Ártico. Créditos: NASA’s Scientific Visualization Studio/Cindy Starr

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